quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A suave castelã das horas mortas

A suave castelã das horas mortas
Assoma à torre do castelo. As portas,

Que o rubro ocaso em onda ensanguentara,
Brilham do luar à Luz celeste e clara.

Como em órbitas de fatais caveiras
Olhos que fossem de defuntas freiras,

Os astros morrem pelo céu pressago...
São como círios a tombar num lago.

E o céu, diante de mim, todo escurece...
E eu nem sei de cor uma só prece!

Pobre Alma, que me queres, que me queres?
São assim todas, todas as mulheres.

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